JOÃO INÁCIO KOLLING
( Mato Grosso – Brasil )
Reside em Nova Mutum/MT.
Dr. Padre João Inácio Kolling. É natural de São Carlos, SC (atualmente, Cunhataí, SC; nasceu no dia 19.10.1951). É filho de Teobaldo e Lúcia Kolling.
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Mato Grosso
Na imensidão destas ricas faunas e terras,
Esmerada prudência se impõe ao diuturno agir,
Para não sucumbir nem aos animais e às feras,
E a integridade da relativa “paz e bem” garantir.
Não convém encantar-se com a imprudência,
De ousar traçar o caminho na frente das onças,
Ou do lado das antas, aquelas geringonças,
Menos ainda, ficar atrás das mulas coiceiras,
Ou delongar-se com as sucuris tão lisonjeiras.
Tampouco, convém engraçar-se com capivaras,
Pois, atrás delas, vêm queixadas aos milhares.
Nem convém fitar os olhos nas pernósticas Emas,
Para não perder o maravilhoso canto das Seriemas.
Ainda convém evitar o bando de corocas fofoqueiras,
E as dramatizadas trelas das histriônicas carpideiras.
Pouco seguro é tentar subir em arbustos e em árvores,
Mesmo nas lisas e chamadas de “escorrega-macacos”,
Ou aliar-se à tagarelice dos papagaios e voar pelos ares,
Ou, ainda, conformar-se à vida das gaiolas enfeitadas,
A fim de precaver-se da incontida voracidade dos gatos,
Para assegurar o pão, com alguns olhares de comiseração.
[ Poema extraído de https://padrejoaoinacio.blogspot.com/ ]
ANTOLOGIA POÉTICA. Sarau Brasil 2016. Concurso Nacional de Novos Poetas. Org. animação e apresentação Isaac Almeida Ramos. Cabedelo, Paraíba: VIVARA Editora Nacional, 2016. (Série Novos
Poetas no. 19. 446 p. ISBN 978-85-920158-2-1
Ex. bibl. Antonio Miranda
NO ESTÁGIO DO HOMEM CORRUPTO
Sob “Homo Sapiens”, o elogio do nosso tempo,
Oculta nas mentiras vulgares um contratempo:
O das efetivas soluções par sofridas mazelas,
Sem quaisquer ações elementares e singelas.
A obcecada defesa do sistema de organização,
Sugere o céu sob a posse de vasta acumulação,
E induz à apropriação ferrenha e desenfreada,
Sob a desvirtuada imagética de atenção ilibada;
Nem regras vigentes, nem a dor dos vencidos,
Saciam o olhar ambicioso sobre os preteridos,
De espertalhões imiscuídos em procrastinação,
Que muito organizam para a sua consumação.
Quando mentiras repetidas passam por verídicas,
E as boas aparência se tornam cruéis e fatídicas,
Haveria espaço em prisões para tantos corruptos,
Capaz de inibir seus vícios crassos e ininterruptos?
Duro trabalho e suor regado de conscientização,
Talvez um dia amenizem rumos de malversação,
E ousem reativar a honra da palavra proclamada,
Para configurar o valorosos ideário de terra amada.
A desconfortável imagem do “homem corrupto”,
Distante da magia ilusionista de um ato abrupto,
Requer longo e esmerado suporte motivacional,
Para devolver autoestima e sentimento nacional.
Assim o sábio sabido metido ao estágio demente,
Enrascado numa interação muito mais irreverente,
Enleia-se na corrupção da desvirtuada mensagem,
E mente, solto sob uma sorrateira camaradagem.
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Página publicada em dezembro de 2021
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